sábado, 13 de abril de 2013

Exame parasitológico de fezes


Exame parasitológico de fezes

Objetivo:
O exame parasitológico de fezes (EPF) tem como objetivo diagnosticar os parasitas intestinais, por meio da pesquisa de diferentes formas parasitárias.

Exame macroscópico:
Permite a verificação da consistência das fezes (diarreica, pastosa ou sólida), do odor, da presença de elementos anormais como muco ou sangue, e de vermes adultos ou parte deles.

Exame microscópico:
Permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos, cistos, trofozoitos ou oocistos de protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo.

Biossegurança:
Necessidade de luva, máscara, lavagem/higiene das mãos, jamais ir ao laboratório desacompanhado (a), não deve-se ir de sandália ou calçado que deixe os pés expostos.

Coleta:
A evacuação deve ser feita em recipiente/local limpo e seco (pode ser jornal) e parte das fezes transferida para um frasco próprio com boca larga, bem fechado e identificado (retirar com espátula ou palito de sorvete uma porção do inicial, intermediária e final). A identificação deve conter o nome do paciente, idade, data e se possível a hora da coleta.
Número de amostras: quando solicitada pela clínica médica poderá ser feita a coleta de amostras múltiplas. O mais recomendado é a coleta de 3 amostras (excessão – 7 amostras para Strongyloides). Para isso o paciente recebe um frasco com conserador, onde irá colocar a cada dia uma porção de fezes, homogenizando-as.

Tipo de fezes:
Pode ser líquida, pastosa ou sólida (caso sejam sólidas, devem ser amolecidas para realizar o exame).

Quantidade:
Às vezes, são enviadas ao laboratório pouquíssimas quantidades, e não é possível realizar os procedimentos. Então deve-se enviar uma quantidade suficiente.

Conservação:
As fezes poderão ser mantidas em conservadores, permitindo que o exame seja realizado semanas após a coleta. O ideal é que as fezes sejam colocadas no conservador logo após a evacuação. Para tanto, o paciente deve receber do laboratório o frasco contendo conservador. Os mais empregados são:
- Formol (10%): conserva por mais de 1 mês os ovos ou larvas de helmintos e os cistos e oocistos de protozoários;
- MIF: a sigla de um conservador muito difundido (mercurocromo, iodo e formol);
- SAF: são as iniciais de um conservador usado em cistos e trofozoitos.
Obs.: Muitos desses são tóxicos para quem está manipulando no laboratório.

Equipe:
O Biomédico especializado na área (CRBM) ou Médico Patologista.
Obs.: O Biólogo NÃO pode assinar laudo de exame humano.
A equipe deve ser funcionante!

Apresentação dos resultados:
Todos os parasitos encontrados no EPF deverão ser relatados, sejam eles patogênicos ou não. Deverão ser citadas a forma parasitária observada (ovo, larva, cisto, trofozoito, oocisto, verme adulto) e o nome científico do parasito incluindo o gênero e espécie, sempre que possível. Também deverá constar os métodos executados e a consistência das fezes, tendo vista que os métodos rotineiramente empregados não permitem o encontro de trofozoitos de protozoários em fezes diarréicas. Observações sobre o número de amostras colhidas.

Métodos Quantitativos:
São aqueles nos quais se faz a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a intensidade do parasitismo. São pouco utilizados, pois a dose dos medicamentos antiparasitária não leva em conta a carga parasitária e sim peso do paciente. Os mais conhecidos são o método de Stoll-Hausheer e o método de Kato-Katz.

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