Exame parasitológico de fezes
Objetivo:
O exame parasitológico de fezes (EPF) tem
como objetivo diagnosticar os parasitas intestinais, por meio da pesquisa de
diferentes formas parasitárias.
Exame macroscópico:
Permite a verificação da consistência das fezes
(diarreica, pastosa ou sólida), do odor, da presença de elementos anormais como
muco ou sangue, e de vermes adultos ou parte deles.
Exame microscópico:
Permite a visualização dos ovos ou larvas
de helmintos, cistos, trofozoitos ou oocistos de protozoários. Pode ser
quantitativo ou qualitativo.
Biossegurança:
Necessidade de luva, máscara,
lavagem/higiene das mãos, jamais ir ao laboratório desacompanhado (a), não
deve-se ir de sandália ou calçado que deixe os pés expostos.
Coleta:
A evacuação deve ser feita em
recipiente/local limpo e seco (pode ser jornal) e parte das fezes transferida
para um frasco próprio com boca larga, bem fechado e identificado (retirar com
espátula ou palito de sorvete uma porção do inicial, intermediária e final). A
identificação deve conter o nome do paciente, idade, data e se possível a hora
da coleta.
Número de amostras: quando solicitada pela
clínica médica poderá ser feita a coleta de amostras múltiplas. O mais
recomendado é a coleta de 3 amostras (excessão – 7 amostras para
Strongyloides). Para isso o paciente recebe um frasco com conserador, onde irá
colocar a cada dia uma porção de fezes, homogenizando-as.
Tipo de fezes:
Pode ser líquida, pastosa ou sólida (caso
sejam sólidas, devem ser amolecidas para realizar o exame).
Quantidade:
Às vezes, são enviadas ao laboratório
pouquíssimas quantidades, e não é possível realizar os procedimentos. Então
deve-se enviar uma quantidade suficiente.
Conservação:
As fezes poderão ser mantidas em
conservadores, permitindo que o exame seja realizado semanas após a coleta. O
ideal é que as fezes sejam colocadas no conservador logo após a evacuação. Para
tanto, o paciente deve receber do laboratório o frasco contendo conservador. Os
mais empregados são:
- Formol (10%): conserva por mais de 1 mês
os ovos ou larvas de helmintos e os cistos e oocistos de protozoários;
- MIF: a sigla de um conservador muito
difundido (mercurocromo, iodo e formol);
- SAF: são as iniciais de um conservador
usado em cistos e trofozoitos.
Obs.: Muitos desses são tóxicos para quem
está manipulando no laboratório.
Equipe:
O Biomédico especializado na área (CRBM)
ou Médico Patologista.
Obs.: O Biólogo NÃO pode assinar laudo de
exame humano.
A equipe deve ser funcionante!
Apresentação dos resultados:
Todos os parasitos encontrados no EPF
deverão ser relatados, sejam eles patogênicos ou não. Deverão ser citadas a
forma parasitária observada (ovo, larva, cisto, trofozoito, oocisto, verme
adulto) e o nome científico do parasito incluindo o gênero e espécie, sempre
que possível. Também deverá constar os métodos executados e a consistência das
fezes, tendo vista que os métodos rotineiramente empregados não permitem o
encontro de trofozoitos de protozoários em fezes diarréicas. Observações sobre
o número de amostras colhidas.
Métodos Quantitativos:
São aqueles nos quais se faz a contagem de
ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a intensidade do parasitismo. São
pouco utilizados, pois a dose dos medicamentos antiparasitária não leva em
conta a carga parasitária e sim peso do paciente. Os mais conhecidos são o
método de Stoll-Hausheer e o método de Kato-Katz.
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