Introdução:
Parasitam, respectivamente, o intestino
delgado de humanos e suínos. Possuem ampla distribuição geográfica, são
popularmente conhecidos como “lombriga” ou “bicha”, causando a doença
denominada ascaridíase e, menos frequente, ascaridose ou ascariose. É
encontrado em quase todos os países e ocorre com frequência variada em virtude
das condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de
desenvolvimento econômico da população.
Trata-se de uma doença negligenciada (o
ovo vai para o solo, sendo a 1ª geohelmintose); a grande preocupação está
associada à cronicidade da doença; trata-se da maior prevalência mundial de
parasitose.
Ciclo
Biológico:
É do tipo monoxênico, onde a fêmea faz a
postura e o ovo vai para o meio externo. A primeira larva (L1) forma dentro do
ovo e é do tipo rabditoide, após uma semana ainda dentro do ovo sofre uma muda,
transformando-se em L2, em seguida uma nova muda transformando-se em L3
(infectante do tipo filarióide). Após a ingestão, os ovos contendo L3
atravessam todo trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado.
As larvas liberadas atravessam a parede
intestinal na altura do ceco, caem nos vasos linfáticos e nas veias, invadindo
o fígado. Em 2 a 3 dias chegam ao lado direito do coração, através da veia cava
inferior ou superior, e após 4 a 5 dias são encontradas nos pulmões (Ciclo de
Loss- Fase Pulmonar).
Cerca de 8 dias após a infecção, as
larvas sofrem muda para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, conde
mudam para L5. Sobrem pela árvore brônquica e traquéia, chegando até a faringe,
podendo ser expelidas por expectoração ou deglutidas, atravessando o estômago e
fixando-se no intestino delgado. Transformam-se em adultos jovens (20 a 30 dias
após a infecção), já em 60 dias alcançam a maturidade sexual e fazem a cópula,
sendo encontrados ovos nas fezes do hospedeiro.
Patogenia:
A intensidade das lesões relacionam-se
com:
Presença de Larvas
-Lesões Hepáticas: no fígado, quando são
encontradas numerosas formas larvares migrando para o parênquima, podem ser
vistos pequenos focos hemorrágicos e de necrose que futuramente tornam-se
fibrosados.
-Lesões Pulmonares: nos pulmões ocorrem
vários pontos hemorrágicos na passagem das larvas pelos alvéolos; dependendo do
número de formas presentes, pode determinar o quadro pneumônico com febre,
tosse, dispneia e eosinofilia; há edemaciação dos alvéolos com infiltrado
parenquimatoso eosinofílico, manifestações alérgicas, febre, brinquite e
pneumonia (conjunto de sinais= Síndrome de Löeffler).
Presença de Vermes Adultos
-Ação Espoliadora: os vermes consomem
grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídeos e vitaminas A e C,
levando a subnutrição e depauperamento físico e mental.
-Ação Tóxica: reação entre antígenos
parasitários e anticorpos, causando edema, urticária e convulsões.
-Ação Mecânica: causam irritação na
parede e podem enovelar-se na luz intestinal, levando À obstrução.
-Localização Ectópica: nos casos de
pacientes com altas cargas parasitárias ou ainda em que o verme sofra alguma
ação irritativa, o helminto desloca-se de seu habitat natural.
Diagnóstico:
O diagnóstico laboratorial é feito pela
pesquisa de ovos característicos nas fezes, os exames são: sedimentação
espontânea (Hoffman, Rons e Janer- HPJ), sedimentação por centrifugação (método
de Ritchie ou formol-éter ou MIFC) e método de Kato-Katz.
Epidemiologia:
- Grande quantidade de ovos produzidos e
eliminados pelas fêmeas;
- Concentração de indivíduos vivendo em
condições precárias de saneamento;
- Grande número de ovos no
peridomicílio;
- Temperatura e umidade com médias
anuais elevadas;
- Dispersão fácil dos ovos através de
chuvas, ventos, insetos e aves.
Profilaxia:
- Educação sanitária/ em saúde;
- Contrução de redes de esgoto, com
tratamento e/ou fossas sépticas;
- Proteção dos alimentos contra insetos
e poeira;
- Tratamento de toda população com
drogas ovicidas, pelos menos, durante 3 anos consecutivos.
NÃO CONSIGO VER AS FOTO.
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