sábado, 13 de abril de 2013

Enterobius vermicularis


Enterobius vermicularis

Parasito adulto

Introdução:
Em 1758 foi descrito pela primeira vez como Ascaris lumbricóides, em 1803 houve a criação do gênero Oxyuris, em 1816 passou a ser denominado Oxyuris vermicularis, em 1853 verificou-se que ele pertencia um gênero distinto, denominando-o Enterobius. Em vista da denominação anterior, esse helminto é conhecido como “oxiúros”.
O parasito possui distribuição geográfica mundial, mas tem incidência maior nas regiões de clima temperado. Atingindo principalmente a faixa etária dos 5 aos 15 anos.
Interessantes estudos sobre a palio parasitologia têm indicado através de exames coprólitos (fezes petrificadas) que o E. vermicularis ( e outros helmintos) parasitam o ser humano há milhares de anos.
Ciclo biológico


É do tipo monoxênico após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem. Os adultos  vivem na região do ceco ou cólon ; a fêmea migra para a região perioanal para liberar os ovos; os ovos eliminado já infectante, se tornam infectantes em poucas horas; os ovos são distribuídos pelo ar (poeira), no ambiente, nos alimentos; os ovos são ingeridos geralmente pelo mecanismo mão-boca; os ovos eclodem no intestino delgado liberando larvas rabditóides; as larvas sofrem duas mudas até o trajeto intestinal até o ceco; um a dois meses depois as larvas são encontradas na região perianal.
(*) Não havendo reinfecção, o parasitismo se extingue.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico caracteriza-se como prurido anal noturno e continuado. O melhor método laboratorial é o da fita adesiva. Corta-se um pedaço de fita adesiva transparente, coloca-se a mesma com a parte adesiva para fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador (nesse caso é perigoso pela possível contaminação do executor do método), põe-se várias vezes a fita na região perianal, coloca-se a fita como se fosse uma lamínula sobre uma lâmina de vidro, leva-se ao microscópio e examina-se com aumento de 10 e 40X.

Epidemiologia:
Alta prevalência nas crianças em idade escolar. É de transmissão eminentemente doméstica ou de ambientes coletivos fechados ( creches, asilos, enfermarias infantis, etc.). Os fatores responsáveis são:
- Somente a espécie humana alberga o E.vermicularis;
- Fêmeas eliminam grandes quantidades de ovos, na região perianal;
- Os ovos em poucas horas se tornam infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos (direto, indireto e retroinfecção);
- Os ovos podem resistir ate 3 semanas em ambiente doméstico, contaminando alimentos e “poeira”.

Profilaxia:
- Lavar em água quente a roupa de cama e não “sacudi-la”, bem como, pijamas e roupas íntimas;
- Cortar as unhas de crianças e manipuladores de alimentos;
- Dormir com pijamas de calça comprida e fechados para evitar coçar a região anal;
- Aplicar pomada tiobendazol na região anal ao deitar; 
- Limpeza do assoalho do quarto sem varrer e aspirar;
- Tratar todas as pessoas da família, juntamente com o doente, bem como todas as crianças da creche, colégio e enfermaria de pediatria (hoje em dia isso não pode mais ser feito, é necessário o diagnóstico de cada pessoa);
- Banho diário (higiene pessoal);
- Lavagem das mãos com escova;
- Evitar que as crianças chupem os dedos.

Patogenia:
Prurido anal (noturno-normalmente), em infecções maiores pode provocar enterite catarral, pode terá ação no sistema gastrointestinal causando vômitos e náuseas, podendo provocar dor e falta de apetite. O prurido ainda provoca perda de sono e nervosismo. A presença de vermes nos órgãos genitais femininos pode levar a vaginite, metrite, salpingite e ovarite.

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