Introdução:
Em 1758 foi descrito pela primeira vez
como Ascaris lumbricóides, em 1803
houve a criação do gênero Oxyuris, em 1816 passou a ser denominado Oxyuris vermicularis, em 1853
verificou-se que ele pertencia um gênero distinto, denominando-o Enterobius. Em vista da denominação
anterior, esse helminto é conhecido como “oxiúros”.
O parasito possui distribuição
geográfica mundial, mas tem incidência maior nas regiões de clima temperado.
Atingindo principalmente a faixa etária dos 5 aos 15 anos.
Interessantes estudos sobre a palio
parasitologia têm indicado através de exames coprólitos (fezes petrificadas)
que o E. vermicularis ( e outros
helmintos) parasitam o ser humano há milhares de anos.
É do tipo monoxênico após a cópula, os
machos são eliminados com as fezes e morrem. Os adultos vivem na região do ceco ou cólon ; a fêmea
migra para a região perioanal para liberar os ovos; os ovos eliminado já
infectante, se tornam infectantes em poucas horas; os ovos são distribuídos
pelo ar (poeira), no ambiente, nos alimentos; os ovos são ingeridos geralmente
pelo mecanismo mão-boca; os ovos eclodem no intestino delgado liberando larvas
rabditóides; as larvas sofrem duas mudas até o trajeto intestinal até o ceco;
um a dois meses depois as larvas são encontradas na região perianal.
(*) Não havendo reinfecção, o
parasitismo se extingue.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico caracteriza-se
como prurido anal noturno e continuado. O melhor método laboratorial é o da
fita adesiva. Corta-se um pedaço de fita adesiva transparente, coloca-se a
mesma com a parte adesiva para fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador
(nesse caso é perigoso pela possível contaminação do executor do método),
põe-se várias vezes a fita na região perianal, coloca-se a fita como se fosse
uma lamínula sobre uma lâmina de vidro, leva-se ao microscópio e examina-se com
aumento de 10 e 40X.
Epidemiologia:
Alta prevalência nas crianças em idade
escolar. É de transmissão eminentemente doméstica ou de ambientes coletivos
fechados ( creches, asilos, enfermarias infantis, etc.). Os fatores
responsáveis são:
- Somente a espécie humana alberga o
E.vermicularis;
- Fêmeas eliminam grandes quantidades de
ovos, na região perianal;
- Os ovos em poucas horas se tornam
infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos (direto,
indireto e retroinfecção);
- Os ovos podem resistir ate 3 semanas
em ambiente doméstico, contaminando alimentos e “poeira”.
Profilaxia:
- Lavar em água quente a roupa de cama e
não “sacudi-la”, bem como, pijamas e roupas íntimas;
- Cortar as unhas de crianças e
manipuladores de alimentos;
- Dormir com pijamas de calça comprida e
fechados para evitar coçar a região anal;
- Aplicar pomada tiobendazol na região
anal ao deitar;
- Limpeza do assoalho do quarto sem
varrer e aspirar;
- Tratar todas as pessoas da família,
juntamente com o doente, bem como todas as crianças da creche, colégio e
enfermaria de pediatria (hoje em dia isso não pode mais ser feito, é necessário
o diagnóstico de cada pessoa);
- Banho diário (higiene pessoal);
- Lavagem das mãos com escova;
- Evitar que as crianças chupem os
dedos.
Patogenia:
Prurido anal (noturno-normalmente), em
infecções maiores pode provocar enterite catarral, pode terá ação no sistema
gastrointestinal causando vômitos e náuseas, podendo provocar dor e falta de
apetite. O prurido ainda provoca perda de sono e nervosismo. A presença de
vermes nos órgãos genitais femininos pode levar a vaginite, metrite, salpingite
e ovarite.
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