Ancylostoma sp e
Necator americanus
Parasitos adultos (Ancylostoma sp/ Necator americanus)
http://2.bp.blogspot.com/-HfAbb6Dj_iU/TlGSslUH84I/AAAAAAAAAGY/bD_NL76nkw4/s1600/Imagen6.jpg
Introdução:
Ancylostomidae é uma das famílias mais
importantes de Nematoda, causando a ancilostomose (“amarelão”). São 3 agentes
das ancilostomoses humanas: Ancylostoma
duodenale, Necator americanos e
Ancylostoma ceylanicum.
Geralmente são negligenciadas, têm
grande importância no contexto universal (60 mil morrem anualmente); tem ampla
distribuição geográfica. O A. duodenale é
considerado o ancilostoma do “Velho Mundo”, predominante nas regiões temperadas
embora ocorra em regiões tropicais. O N.
americanos é conhecido como ancilostoma do “Novo mundo” ocorre em regiões
tropicais, onde predominam temperaturas altas.
O ciclo é do tipo fecal-cutâneo (podendo
também ser oral), não necessita de hospedeiros intermediários. Existem 2 fases
de desenvolvimento: a 1ª se desenvolve no meio exterior (de vida livre) e a 2ª
se desenvolve no hospedeiro definitivo (vida parasitária).
Os ovos depositados pela fêmea após a
cópula são eliminados peças fezes. No meio exterior, necessitam de ambiente
propício: boa oxigenação, alta umidade (>90%) e temperatura elevada. São
condições indispensáveis para o processo embrionário, formação de larva de 1º
estágio (L1) do tipo rabditoide e sua eclosão. No ambiente, L1 aprsenta
movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos,
perdem a cutícula externa e ganham uma nova, transformando em larva de 2º
estágio (L2), que também é do tipo rabditoide. A L2 começa a produzir um
cutícula internamente, que passa a cobrir a cutícula velha, transformando-se em
larva de 3º estágio (L3) do tipo filarióide, larva infectante. A larva L3
penetra ativamente através da pele, mucosa e conjuntiva, ou passivamente por
via oral.
Após a penetração, as larvas alcançam a
circulação sanguínea e/ou linfática, e chegam ao coração, indo pelas artértias
pulmonares para os pulmões. Atingindo os alvéolos, as larvas migram para os
bronquíolos; dos brônquios atingem a traquéia, faringe e laringe, quando então
são deglutidas, alcançando o intestino delgado. Nos pulmões L3perde cutícula e
ganha nova, transformando-se em larva de 4º estágio (L4), posteriormente ocorre
a transformação em larvas de 5º estágio (L5) e depois em adultos. Os espécimes
adultos, exercendo a hematofagia, iniciam a cópula, seguida de postura.
Quando a penetração de L3 é por via
oral, L3 perde a cutícula no estômago (ação do suco gástrico) e migram para o
intestino delgado. À altura do duodeno penetram na mucosa e mudam para L4, em
seguida voltam para a luz intestinal, fixam-se à mucosa e inicial o repasto
sanguíneo, devendo depois mudar para L5 e em adultos, dando início à cópula e
deposição de ovos.
Patogenia:
Fase Aguda: as dermatites
por larvas de ancilostomídeos, quando não apresentam maiores complicações,
tendem a cessar após 10 dias; as alterações pulmonares são pouco usuais, mas
pode ocorrer tosse de longa ou curta duração e febrícula; os sinais e sintomas
gastrointestinais (dor epigástrica, diminuição do apetite, indigestão, cólica,
indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, podendo ocorrer diarreia
sanguinolenta e constipação).
Fase Crônica: determinada
pela presença do verme adulto que, associado à espoliação sanguínea e à
deficiência nutricional, irá caracterizar a fase de anemia.
Diagnóstico:
Os exames de fezes, por método
quantitativo que indica ou não a presença de ovos, são feitos pelos métodos de
sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e Janer- HPJ) e de sedimentação por
centrifugação (MIFC ou Willis). Para se avaliar o grau de infecção do paciente,
utiliza-se o método quantitativo de Stoll (número de ovos por grama de fezes-
OPG). Pela semelhança dos ovos a identificação de gênero e espécie só é
possível pelo método de coprocultura.
Epidemiologia:
- Maior prevalência em escolares e
lactentes de 4 a 12 meses;
- O único hospedeiro é o homem;
- Presença de indivíduos descalços que
visitam os focos;
- Tipo de solo, umidade e temperatura
existentes no peridomicílio;
- Longevidade das larvas infectantes
(mais ou menos 45 dias).
Profilaxia:
- Educação sanitária;
- Uso de privadas ou fossas sépticas
para toda população;
- Uso de calçados; alimentação adequada,
rica em proteína, sais minerais, vitaminas, etc.
Observação:
É
o bicho geográfico, vem do gato ( A.
braziliensis) ou do cão (A. caninus),
que não evolui para adulto, então não desenvolve o ciclo dentro do hospedeiro.
PORQUE NÃO CONSIGO VER AS FOTOS????
ResponderExcluir